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Reviews for Nurse on Trial

 Nurse on Trial magazine reviews

The average rating for Nurse on Trial based on 2 reviews is 3.5 stars.has a rating of 3.5 stars

Review # 1 was written on 2020-08-03 00:00:00
0was given a rating of 3 stars Pierre Maheux
Em janeiro deste ano a nota de falecimento de Louis Auchincloss não chegou a trazer manchetes no Brasil, onde o autor é pouco conhecido. Mas, para mim e milhares de outros fãs do escritor americano, ficou o vazio de se saber que não mais poderíamos contar com a sutileza, a crítica elegante e mordaz, assim como a prosa límpida que preenchia, sempre sem exageros, as páginas de seus romances: ia embora um dos grandes e mais tenazes observadores da sociedade americana, um autor que reinou ímpar por grande parte do século XX. Foi com a intenção de despedida, com o aceno do adeus, que me dediquei à leitura de um dos pouquíssimos livros do autor, dentre suas mais de 50 publicações, traduzidos e publicados no Brasil: A INFINITA VARIEDADE DESSA MULHER, Editora A Girafa: 2004. O romance se passa entre 1937 e 1963 – trinta e poucos anos que remodelaram o mundo, as economias americana e mundial; período em que a vitória das forças aliadas na guerra leva os Estados Unidos a um papel ainda mais central no mundo ocidental, como potência econômica, militar e cultural. Mas ainda que este seja o horizonte em que a vida de Clara Hoyt – principal personagem do romance – se aprume, ainda que esta seja a paisagem contra a qual as oportunidades que lhe aparecem são possíveis, o retrato que estudamos nas 280 páginas do livro é aquele de uma mulher em busca de sua razão de vida. Louis Auchincloss foi o autor que, no século XX, melhor retratou a sociedade rica e poderosa dos Estados Unidos, o grupo social que age nos bastidores da política americana. É daí que invariavelmente políticos de qualquer partido são escolhidos, vice-presidentes ou executivos de grandes corporações. Esse é o grupo social que freqüenta as escolas particulares aos moldes ingleses, as universidades de maior prestígio [Ivy League Schools], os clubes fechadíssimos na cidade e no campo. Seus membros são dificilmente visíveis em lugares públicos e nunca chamam atenção para si mesmos. Este é o grupo que age há séculos, como eminência parda do poder, num país que se diz uma gigantesca sociedade de classe média. Sem entender que é desse grupo social que vêm as grandes reformas políticas, sociais e econômicas daquela sociedade -- de direita ou de esquerda -- é não compreender completamente as forças econômicas e sociais que fazem o país tão dinâmico. Direto em estilo e refinado na linguagem, como Henry James o era, Auchincloss lembra, no retrato da sociedade nova-iorquina de poder, a herança cultural recebida por aquele autor. E nesse simples retrato de mulher essa semelhança com o seu antecessor não deixa de ser lembrada. Perfis de mulher estão entre os assuntos mais revisitados na obra de Auchincloss, ao retratar a nata da sociedade nova-iorquina. E Clara Longcope Hoyt Tyler é mais uma delas. No início do romance, vemos uma jovem frequentando as melhores escolas, e demonstrando mais personalidade do que suas colegas. Ao se apaixonar por um rapaz sem a ambição necessária ao sucesso, segue os conselhos de sua mãe, uma mulher bem-nascida mas frustrada com o resultado do casamento que fizera -- e não se casa com ele. Nossa simpatia começa com Clara. Mas, aos poucos, à medida que ela dá largas a sua ambição, vamos nos distanciando dessa mulher. Nós e o escritor, que através de uma narrativa de grande destreza se encarrega de nos separar gradativamente da heroína. Até a mãe de Clara, que no início nos parece fria e calculista, de quem resguardamos nossos corações, aos poucos vai também desacreditando dos meneios de sua filha para chegar onde quer. Clara é o retrato da mulher fria e calculista, que se atreve a usar de sua influência como mulher e intelectual para chegar ao poder. Com ela Auchincloss faz um excelente retrato das atitudes femininas de meio-século, distintas nas décadas de antes e depois da guerra:nos anos 40 fica claro que as mulheres tinham de usar seus atrativos femininos para atingir ao seu potencial intelectual. Já depois da guerra a atitude passa a ser diferente, e como Clara descobre é necessário jogar de igual para igual com os homens para conseguir o que deseja. A leitura desse romance é rápida; sua narrativa é cristalina. A poderosa e pequena sociedade fechada nova-iorquina é sutilmente retratada. E a manipulação para chegar ao poder precisamente crível. Leia. É uma ótima maneira de preencher um final de semana de inverno.
Review # 2 was written on 2010-11-27 00:00:00
0was given a rating of 4 stars Steven Burrows
Written in an accessible style but with polished grammar and vocabulary -- how refreshing! The author has a privileged view onto postWWII NY society and its foibles. Not a page turner; this is a tale to be solowly read and savored.


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