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Reviews for Left and right

 Left and right magazine reviews

The average rating for Left and right based on 2 reviews is 4.5 stars.has a rating of 4.5 stars

Review # 1 was written on 2018-10-09 00:00:00
0was given a rating of 5 stars Robert Desmarais
O Brasil parece que vive em sua bolha própria de espaço-tempo, em que as coisas acontecem com um atraso em relação ao resto do mundo. É o caso da discussão sobre os elementos que definem o que é direita ou esquerda, que está presente, mesmo que de forma não muito clara nos atuais debates políticos brasileiros, em que os maiores disparates são ditos despudoramente, seja pela mais sincera falta de vergonha na cara, seja pela genuína falta de caráter que acredita que qualquer mentira pode ser expressa sem ressentimento ou, ainda, o que é muito comum no Brasil, pela mais completa ignorância e preguiça. Assim, resolvi ler esse breve ensaio do Bobbio, escrito no já longínquo ano de 1994, quando essa discussão sobre o que define e distingue direita e esquerda despertava interesse na Itália, então ainda recém-saída da Operação Mãos Limpas, que causou gigantescos abalos sísmicos no sistema político daquele país. Mas o que define - e consequentemente - distingue esquerda e direita? Sim, ele apresenta uma resposta, mas, antes, ele frisa que que "Esquerda e direita indicam programas contrapostos com relação a diversos problemas cuja solução pertence habitualmente à ação política, contrastes não só de ideias, mas também de interesses e valorações a respeito da direção a ser seguida pela sociedade, contrastes que existem em toda sociedade e que não vejo como possam simplesmente desaparecer (51)". Esquerda e direita se definem, segundo ele, em razão do lugar no 'espaço político', que varia historicamente, mas que sempre lidam com em relação à dupla igualdade-desigualdade. A palavra igualdade, ele reconhece, é escorregadia: "estes conceitos tão abstratos, podem ser interpretados, e têm sido interpretados, de muitas maneiras e sua maior ou menor preferibilidade depende do modo como são interpretados". O conceito de igualdade é relativo, não absoluto (112), mas igualdade deve ser entendida em razão de três variáveis: a) os sujeitos entre os quais se trata de repartir os bens, e os ônus; b) os bens e os ônus a serem repartidos; c) o critério com base no qual fazer a repartição (112). E mais ainda, igualdade é um elemento compreendido de forma diferente pela esquerda e direita. "o igualitário parte da convicção de que a maior parte das desigualdades que o indignam, e que gostaria de fazer desaparecer, são sociais, e, enquanto tal, elimináveis; o inigualitário, ao contrário, parte da convicção oposta, de que as desigualdades são naturais e, enquanto tal inelimináveis" (121) Mas ele ressalta que a igualdade é, para ele, um termo neutro, não é bom ou ruim: "Mais uma vez não estou dizendo que uma maior igualdade é um bem e uma maior desigualdade um mal. Não desejo sequer dizer que uma maior igualdade seja sempre e em todos os casos preferível a outros valores como a liberdade, o bem-estar, a paz". E a liberdade? Ele considera que ela é uma modulação que distingue moderados de extremados, seja à esquerda, seja à direita: a) extrema-esquerda estão igualitários e autoritários; b) na centro-esquerda estão igualitários e libertário; c) na centro-direita, estão libertários e inigualitários; d) antiliberais e anti-igualitários. Enfim, um livro honesto, imparcial, analítico, que possui elementos relevantes para a reflexão política.
Review # 2 was written on 2020-02-06 00:00:00
0was given a rating of 4 stars Mauricio Jos� Amad� Segarra
Very good philosophical discussion concerning left-right dyad even though sometimes I felt like I was lost and had the difficulty to find an anchor point in the discussions. It was sometimes like a sophisticated stream of consciousness in which I also let myself flow. I like his discussion on included middle vs inclusive middle while he was showing how the middle between left and right acts like an inclusive middle whose purpose is nothing but eradicating the two poles and subsuming it within its own "middle" boundaries. I think this is the basic mindset of those which try to surpass the left-right duality and persuade people for the extinction of any such dual understanding of politics. Bobbio is right to insist that left-right distinction is still relevant because this distinction shows itself most powerfully in times of crisis where parties are tended to display themselves basically as Two and it seems that this is not something that politics can escape from at any time. I think today we can see the practical reflections of such a division much more obviously in contrast to the optimistic weather of the post-Soviet dissolution era which proves the necessity of this dyadic conceptual approach. In additon, that Bobbio takes equality and inequality as the decisive factors of left and right is also a good point and seems that it is a valid one. I appreciate his endeavor to not to fall into the trap of "extremism" in the sense of "utopian equality". He uncomplicatedly argues that left tries to reduce the level of inequalities and works for more equality whereas right justifies its stance through natural inequalities. Fair and conceptually functional. Right is like Nietzsche who constructs equality as an artifical phenomenon, which aims to destroy the already existing inequality and left is like Rousseau who constructs equality as a natural phenomenon, which is distorted by artificial inequality. Good way of illustrating the fundamental distinction between the two.


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