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Reviews for The jazz text

 The jazz text magazine reviews

The average rating for The jazz text based on 2 reviews is 3 stars.has a rating of 3 stars

Review # 1 was written on 2010-09-18 00:00:00
0was given a rating of 3 stars Joshua Jones
Hobsbawn é muito mais conhecido pelos livros sobre o século XX como um todo, como A Era dos Extremos e outros com nomes mais ou menos parecidos. Sobre música, pouca gente lembra dele. Mas, mesmo assim, ele escreveu um livro do qual não parece ter se orgulhado muito no início, pois usou como nome de autor um tal de “Francis Newton”. Aparentemente, sua fama maior como historiador ajudou a alavancar as vendas do livro, pois ele o relançou depois com seu verdadeiro nome e esta foi a edição que serviu de base para a que foi traduzida para o português, em 1989 (que foi a que eu li, mas que tem uma outra reedição mais recente) Se alguém fosse estudar a história do jazz deveria ler este livro? Talvez a pergunta fosse mais adequada tirando-se o “se” e colocando em seu lugar o “quando”. Se o que se busca é algo mais próximo da ‘verdade oficial’, isto é, a origem do jazz em New Orleans, a sua difusão depois que os prostíbulos lá foram fechados até se chegar a algum momento do meio século XX, honestamente, há livros escritos com mais engajamento do que esse. Em outras palavras, Hobsbawn não irá satisfazer aqueles que querem saber sobre “as raízes do verdadeiro jazz” ou coisa assim. Como historiador, ele justamente irá falar dessas histórias para poder discuti-las num âmbito maior, e é nisso que o livro é realmente interessante. Hobsbawn tenta ser didático para quem está interessado nisso: Capítulos mostram como reconhecer o jazz, sua história desde 1900 até o Bebop da década de 1940, os vários estilos conhecidos como ragtime, Chicago, cool e outros. Também comenta alguns instrumentos e instrumentistas e alguns discos, dizendo inclusive que o bom jazz ‘é como a comida feita por um bom cozinheiro, que não é julgado pelo que fez, mas pelo que pode fazer’. Mas a sua discussão sobre a significação histórica do jazz é a que me impressionou mais. Dois momentos do livro me chamaram mais a atenção. Um deles tem a ver com a postura do músico de jazz dos anos 1930-40 confrontado com um gênero mais pop (chamado de sweet, o som das big bands). Hobsbawn mostra de modo muito articulado como aqueles problemas não estavam, digamos, nadando num ‘vácuo estético’, preocupados apenas com as ‘blue notes’ e as escalas e modos mais sofisticados. Ser branco, ter comprometimento com uma performance virtuosística, ganhar dinheiro e respeito eram fatores que estão sempre andando junto com questões mais puramente musicais. Obviamente, isso não é um privilégio dessa música ou desse momento, mas é ótimo ver como Hobsbawn conseguiu colocar algumas dessas questões de modo tão bem concatenado. O outro momento é a ótima descrição que ele faz do renascimento do estilo Dixieland, que ele descreve como “guerra civil ideológica entre puristas e impuristas, vencida pelos puristas”. Num momento em que bandas como a de Benny Goodman, Glenn Miller e outros (brancos) ganharam sucesso de público, os críticos viram isso como uma “corrupção” do “verdadeiro” jazz e tentaram reavivá-lo, estimulando a volta de um jeito antigo de se tocar. Bom para alguns velhos jazzistas que, no fim da vida, puderam ganhar algum tocando uma música que conheciam bem! Fora do livro, digo uma coisa interessante sobre isso aqui no Brasil: alguns críticos como Lúcio Rangel, José Sanz e até Dorival Caymmi se colocaram contra o bebop, um jazz muito ‘cerebral’ ou comercial, como escreveram na Revista da Música Popular (que tem uma ótima reedição em um único volume pela Funarte), afinando-se com uma crítica estrangeira que também não apreciava muito essas “inovações” dos anos 40. Enfim, o jazz, o choro e mesmo o punk têm essa característica em comum: são gêneros musicais que têm “guardiões” que alertam quando a música está “evoluindo” demais, arriscando-se perder numa diluição pop!
Review # 2 was written on 2019-10-03 00:00:00
0was given a rating of 3 stars Justin Schrump
Tem sido um super companheiro durante a pandemia. Ganhei esse livro da minha mãe há 30 anos. Época em que a gente lia sobre as músicas, mas não tinha como ouvir. Nessa releitura, a cada menção de Hobsbawn a respeito de um músico ou de uma gravação histórica, corro pra internet e deixo o som rolar. Não entendi a tradução do título. Em inglês é apenas "Jazz Scene". Até porque o autor não se aprofunda muita nas questões sociológicas do jazz. Ao longo da obra, Hobsbawn faz, sim, uma crítica artística do jazz e seus movimentos. Saboroso.


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